Escritos Sagrados Bahá'ís em Ebook

Fundada em 1957, a Editora Bahá'í do Brasil tem como seu principal objetivo tornar acessível ao público de língua portuguesa as Escrituras Sagradas da Fé Bahá'í. Publicamos mais de cinco centenas de livros, documentos, textos e materiais audiovisuais que expressam o ensinamento básico da Fé Bahá'í: a unidade do gênero humano. Também, fornecemos materiais de identificação bahá'í. Atualmente são 33 editoras bahá'ís no mundo publicando materiais em mais de 800 línguas e dialetos.

Os Homens do Invisível

              O livro Os Homens do Invisível é uma adaptação das fabulosas histórias contidas no livro Os Rompedores da Alvorada - que é a história dos primeiros anos da Fé escrita por Nabíl-i-A’zam; magistralmente revisado e traduzido por Shoghi Effendi, o amado Guardião da Fé. Quanta significação reside neste precioso legado? Todo livro passar pelo crivo do Guardião, pelo seu olhar atento e ser por ele recomendado? Livro este riquíssimo em detalhes de fatos, algo inédito na história de qualquer religião anteriormente revelada.

A publicação em 1932, desta obra monumental, também conhecida como a narrativa de Nabíl - contribuiu grandemente para um entendimento mais profundo da vida e da Revelação do Báb. No Brasil, ele foi traduzido por D. Leonora Amstrong e publicado pela Editora Bahá’í, pela primeira, em 1989.
Antes desta publicação em língua portuguesa usufruímos de um único volume em espanhol, e, foi assim que por volta do início dos anos 80 - formei em minha casa, um grupo de estudo deste apaixonante livro. O grupo era composto de jovens que, posteriormente, seriam profissionais em diversas áreas como a: psiquiatria, enfermagem, psicologia, arqueologia e educação. Alguns destes nem chegaram a abraçar a Fé mas, com certeza, todos nós estávamos animados pelo espírito daqueles mártires e heróis da Causa de Deus e nosso estudo se caracterizava por uma união e cooperação mútuas memoráveis.
Bem, e foi assim que, logo depois – estando eu ainda jovem, que o livro Os Homens do Invisível foi elaborado, posso dizer de maneira bem despretensiosa e espontânea. Recordo-me que procurei, com toda fidelidade, descrever alguns dos episódios do início da Fé – numa linguagem que fosse adequada a um leitor mais jovem sem, contudo, diminuir a eloquência e a dignidade da obra na qual me inspirava. Na verdade nem pensei que se transformaria num livro – inicialmente foi publicado pelo Comitê Nacional de Educação Bahá’í às crianças, em forma de apostila (100) e, só a partir daí, anos mais tarde – que se transformou num livro, publicado pela Editora Bahá’í, em 2007.

           Certa vez aconteceu algo engraçado que compartilho aqui, neste blog da Editora Bahá’í: um amigo querido, artista plástico veio cumprimentar-me pela elaboração deste livro e, de imediato lhe disse que o havia escrito com foco num leitor jovem. Ele me ouviu com atenção mas, de repente, não se contendo, virou-se para mim e disse: “O que? Para um leitor jovem? Pois eu gostei imensamente dele!” E nós sorrimos juntos...
Alguns pais me disseram que lia, geralmente às noites, as histórias nele contidas, para seus filhos. Avós também me procuravam, solicitando envio de cópia da apostila (primeira forma de elaboração do mesmo) para lerem para seus netos.
Quanto ao título do mesmo busquei inspiração numa tradição oral persa que diz:
“No último Dia, os Homens do Invisível, com as asas do espírito, haverão de atravessar a imensidão da Terra, atingir a presença do Prometido e dEle buscar o segredo que lhes resolverá seus problemas e removerá suas dúvidas.”
Bem, recordando, no livro A Presença de Deus, Shoghi Effendi descreve, com maestria, o episódio do Báb citando que, ao Seu redor havia “uma galáxia de heróis, inflamados no amor Divino” – que seriam estes “Homens do Invisível”, citados nesta tradição mencionada:
“Ao acompanharmos os episódios do primeiro ato de tal sublime drama, ressalta à nossa observação a figura de sua Principal Personagem, o Báb, surgindo qual meteoro no horizonte de Shiráz, cruzando os sombrios céus da Pérsia, de sul a norte, ofuscando-se com trágica brevidade e extinguindo-se numa chama de glória. Vemos seus satélites, uma galáxia de heróis, inflamados no amor Divino, alçados no mesmo horizonte, irradiarem aquela luz incandescente, consumirem-se a si próprios com a mesma rapidez e contribuírem, por seu turno, com mais um impulso para o sempre crescente desenvolvimento da nova Fé Divina”.
É numa mensagem dirigida a um crente, o Guardião recomenda alguns livros bahá’ís e entre estes se encontra Os Rompedores da Alvorada:
“um conhecimento sólido da história... será de grande ajuda no ensino da Causa”. Nesta mesma mensagem, escrita em seu nome, “ele sente que os jovens bahá’ís devem ganhar o domínio de tais livros como Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, Os Rompedores da Alvorada, Que Brilhe o Sol, O Kitáb-i-Iqán, Respostas a Algumas Perguntas e as Epístolas mais importantes” (4/5/1946).
Nos dias atuais a amada Casa Universal de Justiça, no documento “A Instituição dos Conselheiros” diz:
“Estimular a iniciativa individual é um dos mais importantes deveres dos membros do Corpo Auxiliar, um dever que eles podem realizar com a colaboração de ajudantes que devem ser cuidadosamente selecionados, treinados e nutridos por eles. Envolve constante estímulo aos amigos, evocando o valor dos heróis e trazendo à sua atenção a importância de exemplificarem em suas vidas as glórias dos ensinamentos.”
E em cartas escritas a crente individuais, a uma Assembleia Nacional e à juventude reunida na Escola Bahá’ì Louhelen, em nome de Shoghi Effendi - temos:
¨Se estudardes a história de Nabíl vereis como a Fé tem sido alimentada pelos sacrifícios constantes dos amigos. Através de sofrimentos, perseguições e de constantes preocupações a Mensagem de Bahá’u’lláh tem sido estabelecida no mundo inteiro.” (30/11/1932, citada no “Bahá’í News”, no. 77, setembro de 1933, p. 1, “Viver a Vida”, p.13).
“Estes são, na verdade, os dias em que o heroísmo dos crentes se faz necessário. Sacrifício coragem, esperança e confiança inabaláveis são as características que eles deveriam demonstrar, por que estes mesmos atributos não podem deixar de chamar a atenção do público e de levá-lo a buscar saber o que, num mundo tão desesperadamente caótico e confuso, faz com que estas pessoas estejam tão seguras, confiantes e cheias de devoção. Cada vez mais, à medida que o tempo passa, as características dos bahá’ís serão aquilo que cativará a atenção de seus co-cidadãos. Devem mostrar seu afastamento dos ódios e recriminações que estão destroçando o coração da humanidade e demonstrar através de ações e palavras sua profunda crença na futura unificação pacifica da inteira raça humana.” (De uma carta de 26/10/1941,“Viver a Vida”, p. 18-19).
“Se a geração bahá’í mais jovem, na qual Shoghi Effendi deposita grandes esperanças, dedicar-se ao estudo da Causa de uma forma profunda e completa, ler sua história, buscar seus princípios subjacentes e tornar-se tão bem informada quando vigorosa em suas ações, com certeza os jovens irão conquistar grandes vitórias para a Fé.” Juventude, p. 9 – Carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 26/4/1923, à Assembleia Espiritual Nacional dos bahá’ís da Índia e Burma.
“Ele recomenda que você considere realizar grandes, grandes feitos para a Fé; a condição do mundo está se tornando cada vez pior e sua geração deve prover os santos, os heróis, os mártires e os administradores dos anos futuros. Com dedicação e força de vontade você poderá erguer-se a grandes alturas!” Juventude, p. 44 – 2/10/1951, à Escola Louhelen, Setor Juventude, publicada no Bahá’í News, no. 253, março de 1952, p. 1.
Bem, viver a fase da juventude sem ler e se inteirar da tão rica história dos heróis e mártires da Causa de Deus é privar-se de obter uma compreensão do valor destes santos, de ter suas elevadas ações como exemplos e passar despercebido o importante fato de que somos, pela graça divina, descendentes espirituais destes anjos que viveram neste mundo.
Ceres Andrade de Araújo 
O Livro "Os Homens do Invisível" faz parte da coleção "Letras da Vida" e integra o kit de literatura básica para pré-jovens.
Coleção Letras da Vida





 

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